domingo, 26 de junho de 2011

O PEIXE
(Patativa do Assaré)

Tendo por berço o lago cristalino, 
Folga o peixe, a nadar todo inocente, 
Medo ou receio do porvir não sente, 
Pois vive incauto do fatal destino. 

Se na ponta de um fio longo e fino 
A isca avista, ferra-a insconsciente, 
Ficando o pobre peixe de repente, 
Preso ao anzol do pescador ladino. 

O camponês, também, do nosso Estado, 
Ante a campanha eleitoral, coitado! 
Daquele peixe tem a mesma sorte. 

Antes do pleito, festa, riso e gosto, 
Depois do pleito, imposto e mais imposto. 
Pobre matuto do sertão do Norte!

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