ESTÁTUA
(Vitor Nascimento Sá)
Para Carlos Drummond de Andrade
Ah! Carlos, pra que tanta comoção?
Arrancaram-lhe os óculos;
noutro canto, o livro.
Vão arrancar também,
em pouco tempo,
teus pés e tua cabeça e teu banco
e tua praia às tuas costas.
Os pombos te sujam, gauche.
Ah! Carlos...
Esqueceram teu nome.
Arrancaram tua memória.
E agora, Carlos,
para onde?
Este poeta integra o projeto Sangue Novo
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