sábado, 23 de julho de 2011

ESTÁTUA
(Vitor Nascimento Sá)

Para Carlos Drummond de Andrade

Ah! Carlos, pra que tanta comoção?
Arrancaram-lhe os óculos;
noutro canto, o livro.

Vão arrancar também, 
em pouco tempo,
teus pés e tua cabeça e teu banco
e tua praia às tuas costas.

Os pombos te sujam, gauche.

Ah! Carlos...
Esqueceram teu nome.
Arrancaram tua memória.

E agora, Carlos,
para onde?


Este poeta integra o projeto Sangue Novo

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