PRAZER, PRAZER
(Fabrício de Queiroz Venâncio)
Sou um pouco da brisa e da manhã,
Passeio pelas faces, danço pelos ventos
e não concluo nenhum dos meus dias.
Há quem me sinta efêmero,
(como passos de cordeiro)
Quem me faz mal julgamento;
Mas não há quem viva
(e a verdade seja dita)
Sem o toque dos meus dedos.
Sou um pedaço de toda conquista e toda derrota,
Praguejo campos de trigo, eternizo os de batalha
e não há tempo para a glória dos meus feitos.
Salvo os dias mediante amor
(como mãe protegendo a cria)
Rogo ao espírito a força guia
Eternizo escrituras em deleite
(até me fazem versos)
Despejado em folhas macias
Este poeta integra o projeto Sangue Novo
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