terça-feira, 15 de março de 2011

FRAGILIDADE
(Kátia Borges)


                       Para dar uma esperança mais triste ao fim do meu dia.
                                                                                           Manuel Bandeira

Sempre que pousava uma esperança perto,
– e éramos crianças – ela parecia um dinossauro.
Pai e mãe advertiam se queríamos machucá-la
na crueldade da infância:
“É só um inseto que traz bons presságios”.
A gente ficava olhando aquele bicho
bom de esmagar entre as mãos.

Só adultos, entendemos
a fragilidade da esperança.

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