FRAGILIDADE
(Kátia Borges)
Para dar uma esperança mais triste ao fim do meu dia.
Manuel Bandeira
Sempre que pousava uma esperança perto,
– e éramos crianças – ela parecia um dinossauro.
Pai e mãe advertiam se queríamos machucá-la
na crueldade da infância:
“É só um inseto que traz bons presságios”.
A gente ficava olhando aquele bicho
bom de esmagar entre as mãos.
Só adultos, entendemos
a fragilidade da esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário