(Luís Antonio Cajazeira Ramos)
Exilei-me de mim para encontrar-me
refletido no mundo que me sou
em cada face em que me perco em face
do olhar modificado em que me dôo.
desisti-me de mim para ganhar-me
o bocado de mim que me escapou
de ser vazio por ser dentro em parte
alguma de mim mesmo e em parte vôo.
Tudo fora é você e nada é fora
de mim no que me cabe ser agora
que você já não cabe mais em mim.
Tudo dentro de mim é sempre fora
do que você podia ser agora
que em mim você é tudo e tudo é fim.
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