quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AUTO DO DEUS MORTO
(Luís Antonio Cajazeira Ramos)

Jesus morreu nalguma cruz
e nos persegue então há séculos.
É vingativo seu espectro
e punitivo seu capuz.

Pobre Jesus! Homem qualquer,
datado num qualquer momento,
passou de ser esquecimento,
e o o mundo deu-lhe a tez da fé.

O fel da fé se faz de frente,
derrama um véu onipotente,
escurecendo o mundo à luz.

E nós, aqui, uns pobres diabos,
tomamos sonhos por pecados
e o amor pensamos ser Jesus.

Um comentário:

  1. Olá a todos os leitores do Dose de Poesia!
    Convido-os a conhecerem 21 poetas baianos do séculos XXI que serão publicados em breve. Acompanhem nosso blog: sanguenovo21.blogspot.com

    ResponderExcluir